Além dos distúrbios hormonais, estes tumores podem causar dores de cabeça e problemas na visão. Existem várias opções de tratamento para os tumores hipofisários, incluindo medicamentos, cirurgia e radioterapia. Uma equipe multidisciplinar, envolvendo neurocirurgião, endocrinologista e radioterapeuta é a mais capacitada em oferecer aos pacientes o melhor tratamento disponível, de acordo com as necessidades especiais e únicas de cada caso.

Os sintomas dependem do tamanho e da localização específica do tumor, e incluem dores de cabeça; crises convulsivas; alterações do comportamento e de memória; perda de visão; fraqueza nas pernas e braços; dormência e perda de sensibilidade; perda de equilíbrio e coordenação motora; dentre outros. Nos dias atuais, há um número crescente de meningiomas que vem sendo descobertos incidentalmente, ou seja, durante a investigação de outros problemas de saúde. Um meningioma, que não está causando sintomas, pode ser identificado em exames de tomografia ou ressonância magnética. A avaliação neurocirúrgica especializada é fundamental para se determinar o melhor plano de tratamento, o que inclui desde observação clínica cuidadosa, até cirurgia tradicional ou por técnicas minimamente invasivas. Radioterapia também pode ser recomendada em casos selecionados, especialmente nos raros casos de meningiomas malignos. Importante saber que os meningiomas também podem acometer a coluna vertebral.

A gravidade da doença vai depender de vários fatores inerentes ao próprio tumor e ao paciente. Dentre os sintomas mais comuns, podemos citar dores de cabeça, convulsões, alterações de comportamento, perda de memória, dificuldades com a fala e fraqueza muscular. O tratamento dos gliomas consiste em cirurgia para retirada completa do tumor ou biópsia, quimioterapia e radioterapia. Entretanto, o plano de tratamento dependerá de uma extensa avaliação médica. Uma equipe multidisciplinar com a presença de neurocirurgiões, neurologistas, oncologistas, radioterapeutas, patologistas e radiologistas é fundamental para que o tratamento do paciente seja feito da maneira mais eficiente e robusta possível.

Os tipos de câncer mais comumente envolvidos são o de pulmão, mama, pele, rins e cólon. Os sintomas de comprometimento cerebral dependem do tamanho e do número de metástases, assim como de sua localização e taxa de crescimento. Podem se manifestar como dores de cabeça, convulsões, alterações de comportamento e fraqueza muscular, dentre outros. O tratamento das metástases cerebrais consiste em cirurgia seguida de radioterapia. Para metástases pequenas e localizadas profundamente no cérebro, a cirurgia pode não ser recomendada, ficando o tratamento exclusivo por radioterapia. É muito importante salientar também que o tratamento das metástases cerebrais deve ser feito juntamente com o tratamento do câncer primário. Sendo assim, o tratamento do paciente com câncer e metástases cerebrais deve ser capitaneada pelo oncologista em conjunto com o neurocirurgião e o radioterapeuta. Com as modernas técnicas de diagnóstico e tratamento, o prognóstico de muitos pacientes portadores de metástases cerebrais tem, felizmente, melhorado de maneira significativa.

A base do crânio separa o conteúdo da caixa craniana, ou seja o cérebro, da face e seus órgãos, tais como a boca e a cavidade oral, o nariz e a cavidades nasais, os ouvidos e os olhos. A base do crânio dá passagem à inúmeras estruturas de importância vital, como vasos que fornecem sangue para o cérebro e nervos que controlam o funcionamento de vários órgãos. Além disso, mantém uma íntima relação com as partes mais altas do sistema digestivo e respiratório. Atualmente, técnicas modernas de tratamento cirúrgico, como a cirurgia endoscópica endonasal, microcirurgia assistida por endoscopia e abordagens minimamente invasivas, têm permitido que os pacientes evoluam com menos desconforto e se recuperem de maneira mais rápida no período pós-operatório. Técnicas modernas de radioterapia, tais como a radiocirurgia e a radioterapia estereotáxica fracionada também permitem uma recuperação mais rápida e com menos efeitos colaterais. Além dos profissionais citados anteriormente, a equipe de reabilitação composta por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos também é fundamental para um desfecho favorável.

A dor, que ocorre em apenas um dos lados da face, é geralmente ocasionada pelo simples toque na área acometida. Além disso, atividades como lavar o rosto, barbear-se, escovar os dentes, beber líquidos quentes ou frios, assoar o nariz, sorrir e até falar, podem servir de “gatilho” para a ocorrência da dor. Esta situação é fruto de um funcionamento anormal do nervo trigêmeo, o nervo que provê a sensibilidade da face. A investigação diagnóstica inclui o exame de ressonância magnética do crânio, para descartar a presença de tumores da base do crânio. Uma vez descartada um tumor e estabelecido o diagnóstico, o tratamento envolve, idealmente, uma equipe multidisciplinar composta por neurocirurgiões, neurologistas e especialistas em dor. Dentre as várias opções de tratamento, podem ser citadas o uso de medicações anticonvulsivantes, a rizotomia percutânea, a compressão por balão, e a cirurgia para descompressão neurovascular. Cada modalidade de tratamento possui vantagens e desvantagens, que devem ser discutidas com o paciente de modo que o resultado final obtido seja aquele que atenda as necessidades de cada caso.

Os sintomas mais comuns são dores de cabeça e no pescoço, principalmente durante esforço físico vigoroso. Outros sintomas observados em casos mais avançados incluem fraqueza muscular, perda de sensibilidade, dificuldades com a deglutição e dificuldade na coordenação dos movimentos. Felizmente, muitos dos pacientes com Malformação de Chiari são assintomáticos e, nestas situações, nenhum tratamento é recomendado. Entretanto, para os pacientes que desenvolvem sintomas, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia consiste na abertura do forame magno e na chamada duraplastia, uma técnica em que a membrana que recobre o cerebelo, chamada dura-máter, é ampliada de modo a descomprimir a pressão exercida pelo cerebelo sobre o tronco cerebral e a medula espinhal.

As funções principais desse líquido são proteger o sistema nervoso central de traumas e fornecer nutrientes. Em condições normais, esse líquido é produzido e absorvido continuadamente. Entretanto, em principalmente duas ocasiões patológicas, essa situação é interrompida e o acúmulo ocorre: na hidrocefalia obstrutiva, o fluxo do líquido é obstruído; na hidrocefalia não-obstrutiva o fluxo é preservado, mas o líquido não pode mais ser absorvido. Uma terceira situação, muitíssimo mais rara, é o acúmulo de líquido por excesso de produção, observado em alguns tumores cerebrais em crianças. O tratamento da hidrocefalia vai depender do seu tipo (obstrutiva ou não-obstrutiva) e de suas inúmeras causas (tumores, infecções, malformações). Ele basicamente consiste na colocação de derivações ventriculares ou na realização de um procedimento neuroendoscópico. Nas derivações, a extremidade de um pequeno tubo é inserida no interior das cavidades ventriculares, e a outra extremidade é colocada mais comumente na cavidade abdominal, onde o líquido passa então a ser absorvido. Já no procedimento neuroendoscópico, não há a necessidade de colocação de um sistema de derivação. Um pequeno orifício é criado numa determinada região da cavidade ventricular, de modo que o líquido, antes acumulado, seja “escoado” por um novo percurso. Neurocirurgiões com treinamento em técnicas neuroendoscópicas são os mais aptos a indicar qual dos procedimentos seria mais indicados para cada caso.

Os discos intervertebrais são uma espécie de colchões amortecedores, localizados entre os corpos das vértebras que formam a coluna vertebral. Compostos por um material gelatinoso chamado núcleo pulposo, circundado por um exterior mais firme chamado ânulo fibroso, as hérnias de disco ocorrem quando o núcleo pulposo é expelido para o interior do canal vertebral, através de uma ruptura do ânulo fibroso. Uma hérnia de disco pode, assim, afetar o funcionamento de nervos e da própria medula espinhal, causando dor, fraqueza, perda de sensibilidade e até perda de controle urinário e fecal. Como prevenção, exercícios de fortalecimento muscular, manutenção de uma boa postura, assim como manutenção de um peso adequado são recomendados. A imensa maioria dos pacientes com hérnia de disco podem ser tratados sem a necessidade de cirurgia, sendo esta, reservada apenas para casos em que há fraqueza muscular, perda de controle urinário e fecal ou quando a dor é persistente e intensa, a despeito do melhor tratamento medicamentoso e também com fisioterapia. Outras opções de tratamento menos invasivas e indicadas em casos selecionados são as infiltrações peri-radicular e a rizotomia lombar por radiofrequência. Sendo assim, pacientes portadores de hérnia de disco devem ser cuidadosamente avaliados por neurocirurgiões e médicos fisiatras e especialistas em dor, assim como fisioterapeutas, para que a melhor abordagem terapêutica seja estabelecida.

É bastante comum que os sintomas ocorram mais à noite durante o sono. Durante o dia, os sintomas tendem a surgir quando o punho permanece parado numa posição de flexão ou extensão durante um período prolongado de tempo, como enquanto se fala ao telefone, quando se está ao volante do carro, durante a leitura de um livro, ou digitando num teclado de computador. Em fases iniciais da doença e com sintomas não tão intensos, algumas medidas simples podem ser suficientes para corrigir o problema. Uma tala ou suporte de punho pode ser utilizada, principalmente durante a noite. Atividades manuais que favorecem o surgimento do problema devem ser evitadas ou modificadas. Consulta com terapeuta ocupacional também pode beneficiar vários pacientes. Nos casos em que não há resposta satisfatória do tratamento clínico, a cirurgia é indicada. Muito embora a infiltração com corticoide seja a opção preferida de alguns colegas, o procedimento possui efeito apenas temporário. Durante a cirurgia, uma pequena incisão é feita no punho do paciente, de modo a eliminar a compressão do nervo mediano causada por um estrutura chamada ligamento carpal transverso. A cirurgia é feita em regime ambulatorial, com anestesia local e uma sedação leve, e o paciente recebe alta para casa poucas horas após o procedimento. É importante salientar que, durante a investigação clínica de pacientes com síndrome do túnel do carpo, é preciso descartar doenças que contribuam para esta situação, com especial atenção ao diabetes e ao hipotireoidismo.